Nos intervalos dos estudos técnicos.
Muitas vezes, cansativos, herméticos,
me sirvo de um bocado de poesia
Capaz de aliviar a tensão da mente,
do óbvio, do racional.
De repente,
sinto que aquelas letras,
aquelas formas,
aquelas métricas,
Me invadem pelos olhos,
pelos poros.
Desorganizando tudo por dentro
Mudando a forma como vejo as coisas.
Absorto! Volto ao Tratado...
Volumoso, frio, impessoal, técnico.
E passo a lê-lo de outra forma.
Aquele texto tão pesado, indigesto,
Magicamente passa por transformações profundas,
Nele passo a enxergar; as rimas, as métricas...
As lições jurídicas tornaram-se poemas!
Percebo que as escamas dos meus olhos caem..
A poesia não é substantivo,
Coisa em sí,
Independente...
Ela adorna as coisas, adjetivando-as.
E intrigado, concluo que a poesia, não está na forma,
no autor,
no livro de poemas.
A poesia é uma forma de ler a vida.
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