sábado, 14 de janeiro de 2012

O milagre da poesia

Nos intervalos dos estudos técnicos.
Muitas vezes, cansativos, herméticos,
me sirvo de um bocado de poesia
Capaz de aliviar a tensão da mente,
do óbvio, do racional.

De repente,
sinto que aquelas letras,
aquelas formas,
aquelas métricas,
Me invadem pelos olhos,
pelos poros.
Desorganizando tudo por dentro
Mudando a forma como vejo as coisas.

Absorto! Volto ao Tratado...
Volumoso, frio, impessoal, técnico.
E passo a lê-lo de outra forma.

Aquele texto tão pesado, indigesto,
Magicamente passa por transformações profundas,
Nele passo a enxergar; as rimas, as métricas...

As lições jurídicas tornaram-se poemas!

Percebo que as escamas dos meus olhos caem..

A poesia não é substantivo,
Coisa em sí,
Independente...
Ela adorna as coisas, adjetivando-as.

E intrigado, concluo que a poesia, não está na forma,
no autor,
no livro de poemas.

A poesia é uma forma de ler a vida.

Nenhum comentário: